Nesta altura do campeonato já devia ter aprendido que ao falar com
um sub-3 é necessário um cuidado adicional com o significado literal que as nossas
palavras possam ter. Passo a exemplificar:
“Té, come o bife.”
“Não qué.”
“Téééé, come o bife.”
“Não quééé!”
“Vá lá….”
“Não.”
“Tiiiira a chupeeeeta da bocaaaa!”
“Nãããão.”
Técnica do avião. Ainda funciona:
“Aí-vai-um-avião-carregado-de-carninha… abre o hangar…”
“Nãããã…”
“Olha o aaaaviãããão a chegar… tem de entraaaar… pi pi pi… comando
para abrir o portão…”
Lá guarda a chupeta e abre ligeiramente a boca. Com alguma perícia
enfio-lhe o pedaço de bife. Mastiga com um ar satisfeito.
“Estás a ver Té? Até gostas. Porquê tanta fita? É muito bom. Sabes
para onde vai agora o avião? Para a tua barriguinha!”
Mete a mão à boca, saca da carne semi-triturada (é sempre uma imagem
bonita de se ver) e coloca-a sobre a barriga.
“Não, Té!!! Vai para dentro!!!”
“Quéi.” (okay em Teresês)
Levanta a camisola, amassa a comida contra o umbigo e pergunta:
“Aqui?”
Desisto. Há-de comer melhor ao lanche.
Sem comentários:
Enviar um comentário