“Tiago, já ouviste falar do Luís de Camões?”
“Sim Tomás, o Luís de Camões viveu num tempo em que havia países
que não tinham água e ele ia levar água a esses países…”
“?????!?!?!?!?!?!?! Não. O Luis de Camões era um tipo que se
portava mal. Como é que eu te hei-de explicar… imagina o pai, casado com a mãe.
O Luís de Camões vinha e portava-se mal com a mãe. O pai ficava doido e
queria desfazê-lo… ele tinha de fugir. Durante uma data de tempo mandaram-no de
um sítio para o outro mas, como ele acabava sempre por se portar mal, decidiram enviá-lo
para África. E mesmo assim não se portou bem. Foi lá que levou um tiro no olho.”
“Não foi um tiro, Tomás. Foi com uma espada!”
“Enquanto estava a entregar água?...”
“Não. Numa luta, com uma espada. Foi, que eu sei.”
“Foi com uma espingarda. Já havia espingardas nessa altura.”
“Não foi nada.”
“Foi sim. Ah, e também escreveu um poema importante. Mas não me
estou a lembrar do nome.”
“Foi com uma espada. Numa luta.”
“Espingarda.”
“Espada.”
Alguém me diga por favor (porque eu já fui à wikipedia e não
fiquei totalmente esclarecida em relação às armas mais utilizadas nas batalhas
em Ceuta no século XVI) como raio perdeu o senhor o olho direito. Esqueçam lá
os Lusíadas.
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