sábado, 18 de maio de 2013

super heroes, nerfs and vuvuzelas




Sábado, dez da manhã. Debato-me com a difícil decisão de por-onde-começar-depois-de-dois-dias-sem-empregada... o ar gelado que entra pela janela dá-me, ao menos,  uma desculpa moral para adiar mais uma semana a mudança definitiva das roupas.

"Meninos, vistam qualquer coisa por cima do pijama, está frio!"

Os rapazes enfiam uma sweater. A Teresa, sempre sensata e alinhada, aparece com um fato de 'Incredible'.

Enquanto preparo o pequeno almoço sou atingida à queima-roupa.

"Tééé.... põe a 'nerf' do teu irmão no sitio onde estava, se fazes favor."

Ela lá vai, de arma em punho, com o fato cinco números acima, directa ao quarto do Tomás. Regressa pouco depois. Traz de volta a arma e, na outra mão... uma 'vuvuzela'.

Arrumar roupas, descarregar a máquina da louça, mudar a areia da gata afiguram-se-me subitamente como tarefas de sonho:

"Tommy, Ti, fiquem aí  com a Té na sala enquanto a mãe vai tratar da casa."

Fujo mas, como nunca nada corre como pretendo, acabo a braços com as lides domésticas e  com a companhia da menina incrível e dos seus artefactos. O cenário melhora quando enfia uma bala de 'nerf' na extremidade da 'vuvuzela'. Empunha-a na minha direcção e exclama triste:

"Mãe...óia...!"

"Oh, Teresinha, que disparate... agora está tapada... não dá para tocar... que pena, não é?"

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