Eu sou uma
adepta confessa de fraldas. Se dependesse de mim usávamos fralda até atingirmos
a idade de conseguir utilizar uma casa de banho pública com autonomia.
Há cenário
pior do que um carrinho cheio de compras, um carrinho de bebé, uma criança com
8 anos e uma criança de 3 que pede para fazer cocó numa casa de banho de um Continente?
Há. Basta substituir
a criança no carrinho por uma menina que também quer ir à casa de banho e a
criança de oito anos por um rapazinho que tem vergonha de entrar com a mãe numa
instalação sanitária destinada a senhoras.
Vivo isto
cada vez que vou com os três às compras, não há como evitar. Assim que nos
encaixamos numa fila de caixa o Ti começa a saltitar de um pé para o outro...
"Mãe,
tenho de ir à casa de banho..."
Tento,
sempre, contrariar a coisa...
"Estamos
quase a ir para casa... não aguentas até lá?"
Dramático,
como só ele sabe ser, responde com um:
"Estou
a fazer força MÁXIMA! Mas NÃO dá para aguentar!"
É nesta
altura que começo a ser olhada de lado como a megera que está a impedir a pobre
da criança de cumprir uma necessidade básica. Em função do tamanho da fila
tomamos uma das seguintes decisões: encostar o carro e partir em direcção ao wc
ou deixar o Tommy com as compras a guardar o lugar.
À chegada à
casa de banho a Té é, invariavelmente, activada por um reflexo pavloviano:
"Qué
fazê titi!!!"
Por vezes
opto pela dos deficientes. Tem mais espaço de manobra mas tenho consciência do
risco de, enquanto estou a forrar a sanita com papel, se lembrarem de agarrar o
fiozinho de emergência na parede e activarem sabe-se lá que procedimento de
ajuda a um deficiente em dificuldades.
Até hoje ainda não aconteceu mas, como há
pouco que não nos aconteça, sei que ainda vamos viver esse momento. Depois conto
como foi.
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