sábado, 6 de julho de 2013

"não dá mesmo para esperar?..."




Eu sou uma adepta confessa de fraldas. Se dependesse de mim usávamos fralda até atingirmos a idade de conseguir utilizar uma casa de banho pública com autonomia.

Há cenário pior do que um carrinho cheio de compras, um carrinho de bebé, uma criança com 8 anos e uma criança de 3 que pede para fazer cocó numa casa de banho de um Continente?

Há. Basta substituir a criança no carrinho por uma menina que também quer ir à casa de banho e a criança de oito anos por um rapazinho que tem vergonha de entrar com a mãe numa instalação sanitária destinada a senhoras.

Vivo isto cada vez que vou com os três às compras, não há como evitar. Assim que nos encaixamos numa fila de caixa o Ti começa a saltitar de um pé para o outro...

"Mãe, tenho de ir à casa de banho..."

Tento, sempre, contrariar a coisa...

"Estamos quase a ir para casa... não aguentas até lá?"

Dramático, como só ele sabe ser, responde com um:

"Estou a fazer força MÁXIMA! Mas NÃO dá para aguentar!"

É nesta altura que começo a ser olhada de lado como a megera que está a impedir a pobre da criança de cumprir uma necessidade básica. Em função do tamanho da fila tomamos uma das seguintes decisões: encostar o carro e partir em direcção ao wc ou deixar o Tommy com as compras a guardar o lugar.

À chegada à casa de banho a Té é, invariavelmente, activada por um reflexo pavloviano:

"Qué fazê titi!!!"

Por vezes opto pela dos deficientes. Tem mais espaço de manobra mas tenho consciência do risco de, enquanto estou a forrar a sanita com papel, se lembrarem de agarrar o fiozinho de emergência na parede e activarem sabe-se lá que procedimento de ajuda a um deficiente em dificuldades. 
Até hoje ainda não aconteceu mas, como há pouco que não nos aconteça, sei que ainda vamos viver esse momento. Depois conto como foi.


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