quinta-feira, 10 de outubro de 2013

No soup today!


Ao contrário dos irmãos, que sempre comeram como uns alarves, a Teresinha é uma 'picky eater'.
Cada refeição é uma luta que começa com um:
“Té… come a sopa…”
Ao qual ela responde com um:
“Não qué.”
A partir daqui segue-se uma infindável lista de estratégias (de sucesso pouco ou nada garantido):

A competição
“Té, vamos ver quem acaba primeiro? Os manos vão perder...”

O iPad
“Se comeres a sopa, vemos um Ruca. Ou preferes a Rapunzel, que vimos poucas vezes?”

O Polícia
“Vou ligar ao polícia…Sr. Polícia? Está aí em baixo? Tem sopa? Não se importa com a Té jante aí na carrinha?”

O fundo do prato
“Quem está ali debaixo da sopa, quem está? Vamos comer tudo para descobrir?”

O Polícia (versão 2, com participação dos irmãos a tocar à campainha)
“Está alguém à porta. Vou ver quem é. Ah, é o Sr. Policia! Muito boa noite. Quer entrar? Não? É só para chamar a Té? Espere por favor que eu vou verificar se ela já começou a comer…”

A ameaça
“Ou comes JÁ, ou levas uma palmada!”

A manicure
“Uma unha pintada por cada colher de sopa.”

A sobremesa
“Se comeres a sopa toda, podes comer mousse de chocolate!”

O colégio
“Se não comes, vamos jantar ao colégio.”

A substituição
“Desisto. Vou chamar o teu pai.”

A cama
“Ou comes a sopa ou vais já dormir.”

O sopa-drive
“Vai lá dar uma corrida. A cada passagem pela mesa comes uma colher.”

A substituição (versão pai)
“Desisto. Vou chamar a tua mãe.”

A cabeça perdida
“Ok. Ganhaste. Hoje estás dispensada.”

Se em relação à sopa e afins a cena é sempre complicada, no que toca a medicamentos a senhora dona Té está sempre pronta a tomá-los. Seja xarope, suspensão, solução ou pó, seja doce, salgado, amargo ou ácido, tudo é benvindo desde que seja dotado de propriedades farmacológicas. Sopa em tubinhos de nurofen já me passou pela cabeça, confesso, mas algo me diz que é ligeiramente inadequado habituar uma criança de três anos a tomar 400ml de xarope ao jantar...



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