Sol.
Calor. Nortada moderada. Toalhas. Cremes. Bananas. Água. Bonés. Óculos de sol.
Baldes. Bolas. Guarda-sol. Para-vento. Crianças. Falta um filho e um sobrinho.
Tommy, vai chamar o teu irmão e o teu primo. Vai e não volta. Marta, vai chamar
o teu irmão e os teus primos. Idem. Restamos eu, a Té e as tralhas, ao portão.
“Então
mamã, não vamos para a páia?”
“Vamos,
quando eles aparecerem…”
Está
prontíssima há meia hora. Toalha de baixo do braço, chapéu na cabeça e chupeta
no canto da boca.
“Té,
a chupeta não vai.”
Olha-me
em modo cachorrinho abandonado. Sabe que leva a sua avante quando faz esta expressão.
“Ok,
vai mas vai guardada no meu saco.”
Estende-ma.
Um fio de baba escorre desde a sua mãozita até ao passeio ardente. Odeio baba.
Ela sabe disso. Limpa a baba à t-shirt e enfia a chupeta na bolsinha exterior
do meu troley às bolinhas.
“Fica
aqui, tá bem mamã?”
“Combinado.”
Sorri
enquanto corre o ziper e diz:
“Muito
bem guadadinha. Dás-ma quando eu chorar, tá bem?”
O
resto do gangue aparece. Arrancamos. A Té vai à frente em passo apressado rumo
a longas horas de sol, mar e animação. Não há nuvem que lhe ensombre o
entusiasmo quando sabe que, se algo correr mal, tem a solução à mão, na
bolsinha de fora do saco às bolinhas da mamã.
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