“Té, come a sopa.”
“Não qué.”
“Tééé, come a sopaaa…”
“Nããão qué.”
Tapa a boca com as duas mãos e abana a sua cabecita casmurra num
tom desafiador…
Faço a minha melhor expressão 'vamos-ter-problemas-se-não-comes-imediatamente' ao qual me responde com o seu olhar 'então-vamos-lá-negociar'…
Aponta para as minhas unhas, depois para as suas e diz:
“Qué pintá.”
“Qué pintá? Ok. Uma colher por cada unha cor-de-rosa.”
A ala masculina da mesa abandona os seus postos antes que o cheiro
a verniz inunde a sala.
Dez colheres, sem crise. Estivéssemos no verão e tivesse ela os pezitos descalços, tinha ido a sopa toda.
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