Arrancamos, como sempre, em cima da hora. O dia está tristonho e
uns pingos de chuva salpicam o pára-brisas. Os rapazes cantam em uníssono algo
que envolve as palavras cubismo e subir aos céus…
“Meninos, o que é isso?!?”
“Spongebob.”
Suspiro de alívio e subo o volume do rádio na esperança de acabar
com a cantilena demente.
À passagem sobre o rio uma lista de cores rasga o céu cinzento:
“O arco-íris! Já viste, Teresinha?”
Espreito a Té pelo retrovisor. Está de sobrolho carregado com uma
expressão que parece dizer
“não-é-um-simples-arco-íris-no-céu-que-me-tira-o-sono-e-o-mau-humor-matinal”…
Seguimos o arco-íris até ao colégio e ainda tiramos uma fotografia
no momento em que está prestes a desvanecer-se com a chegada de um aguaceiro. A
Té pede para ver a fotografia e sorri.
É uma mera ilusão de óptica provocada por um fenómeno
meteorológico, eu sei, mas o que é certo é que melhorou o meu dia.
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