quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Tangled





De tempos a tempos surge lá por casa uma obsessão desmesurada com um filme elevando-o ao que eu considero o quinto e último nível na “escala de visionamentos domésticos”. Passo a explicar os meus critérios para definição da dita:


nível 1 filme novo.


Vejo-o, sem dificuldade de maior, eventualmente até com prazer.


nível 2 primeira meia dúzia de visualizações.


Ok, o filme pode ser muito giro mas não há necessidade de o ver repetidas vezes. Se estiver perante um musical (o que acontece frequentemente) os momentos de cantoria já custam um bocadinho.


nível 3 visualização diária por período superior a uma semana.


Já não gosto de nada. Personagens, argumento, música, tudo me irrita.


nível 4 mais de 2 visualizações diárias por período superior a 2 semanas.


Desespero, revolta, indignação: “TIREM-ME DESTE FILME!!!”


nível 5 quantidade indeterminada de visualizações diárias por período superior a 3 semanas.


Imunidade adquirida. O filme deixa de me incomodar e passa, pura e simplesmente, a fazer parte da rotina. As músicas são agora a banda sonora do meu quotidiano. As personagens são parte da família.


O nível 5 do momento é o “Tangled”. Outros houve, antes deste… assim de repente lembro-me de alguns: “Spider Man”, “The Incredibles”, “Cars”, “Monsters Inc”, “Mamma Mia” (esse não foi fácil… acordar a cantar o “voulez-vous” e adormecer a cantar o “take a chance on me” é algo que não recomendo a ninguém…). A todos sobrevivi com mais ou menos sequelas. Certo é que passados alguns anos acabo por rever, com alguma (inexplicável) ternura, esses filmes que tanto me atormentaram.



nota de rodapé:

“Querida Teresinha, o teu irmão Tomás, que tem, como sabes, alergia a tudo que seja dirigido a um universo feminino sabe as canções do Tangled de cor… o teu irmão Tiago veio, ontem, no carro, a relatar, palavra, por palavra, vírgula por vírgula, nota por nota, os primeiros vinte minutos do filme… adoro-te milhões, mas vejo-me obrigada a dizer-te que me parece ter chegado a altura de saltares para outra.”


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