"Era uma vez, há muito tempo atrás, uma
menina tão mimada, tão egocêntrica, que sonhava ter um papamobile. Imaginava-se, numa vitrina dourada, no topo do seu papamobile personalizado, apetrechado com jogos e
brinquedos, a acenar, magnânima, às multidões."
Ao assistir às cerimónias de despedida do PapaBentoXVI recordei
essa menina e o seu sonho megalómano.
A menina cresceu e percebeu que o
mundo girava, mas não à sua volta.
A menina descobriu que o que somos, enquanto por cá
andamos, sobre este mundo a girar, é tão somente o que representamos para os
que nos são próximos.
A menina aprendeu a olhar para os outros.
A menina já não quer um papamobile. E está muito bem assim.
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