sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sugar Crush!


O Candy Crush é estranha e doentiamente viciante. Quem experimenta não resiste a tentar o nível seguinte e as centenas que se seguem. O conceito é básico: mover peças de modo a juntar um mínimo de três. As peças são docinhos de cores apelativas. Cada boa jogada é acompanhada por explosões de doces e uma voz profunda que nos congratula com expressões como 'Sweet!', 'Delicious!' ou 'Divine!'.

Como se não bastasse o facto de nos agarrar, o raio do jogo faz fome.  À custa da brincadeira voltei a ter vontade de comer gomas. Horas de vida perdidas e um par de quilos a mais. Só vantagens.

Acabo de passar o 350. Não jogava nada com tanta vontade desde 1985, ano em que o Tetris entrou na minha vida por via de um PC da IBM. À parte uns dois ou três (ou cinco ou seis) níveis feitos pelo meu rico marido, cheguei mais longe do que muitos. Eu, a chata que estava sempre a criticar tudo quanto era jogo. Tudo se paga nesta vida, cada vez tenho menos dúvidas disso.

As crianças apresentam uma maior imunidade ao Candy Crush do que os adultos, o que não é difícil de perceber. Têm milhares de outras coisas divertidas para fazer e uma destreza que lhes permite jogar jogos de consola pelo que, estar a juntar docinhos num touch screen não é coisa que os faça perder muito do seu imenso tempo livre.

Cá em casa, tudo começou com os miúdos a descarregarem a App. Aquilo que era, aparentemente, apenas mais um dos muitos joguinhos que surgem todos os dias depressa agarrou pais, avós, tios e primos. Tudo joga, minha gente! Vidas para uns, vidas para outros, "...passa aqui este nível que eu não consigo...","...envia-me uma autorização para mudar de episódio...", "...já estou à tua frente, lá lá lá...".

Em resumo: o CandyCrush tomou as nossas vidas por tempo indeterminado. Digo indeterminado pois, por mais que avancemos, o jogo não acaba. Cada actualização vem com novos níveis estendendo, de novo, o fim da linha. O pai vai na frente. Cerebral como poucos, é capaz de passar os níveis que se afiguram impossíveis aos comuns dos mortais. Cada vez que estamos em apuros chamamos o André que, com mais ou menos esforço, resolve o problema.

O Ti é o mais 'candyaddicted' dos três irmãos. Não só adora jogar como está sempre atento ao ranking. Sabe quem vai à frente de quem, seja familiar, amigo ou amigo de amigo. Por isso, o bolo do seu sexto aniversário (20-08) não podia deixar de ser um CandyCrushCake.



Happy Birthday! Sugar Crush!



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