O Ti está a preparar uma refeição para os irmãos no ‘restaurante’ que
acabou de improvisar no corredor. Uma mesinha redonda, duas cadeiras, um turco
a servir de toalha, uma jarra no centro e dois pratinhos cheios de sugos e
smarties.
Quando me
vê, rasga um enorme sorriso e aponta, orgulhoso, para o seu trabalho:
“Achas que
vão gostar? Vou chamá-los!”
Corre em
busca dos ‘clientes’ e trata-os com a devida deferência:
“Senhora
Teresa, senhor Tomás, podem vir comer. Está tudo pronto!”
O Tommy e a
Té sentam-se mas antes que consigam agarrar o primeiro smartie, o irmão
interpela-os:
“Aguardem um
pouco, por favor. Vou buscar um pouco de arroz para acompanhar. É melhor, não
é, mãe?”
Controlo o
riso e aceno-lhe afirmativamente. Arroz com sugos e smarties é melhor do que
sugos e smarties sem mais nada. Enquanto procuro uma máquina fotográfica para
registar o momento vejo o Tiago a passar, compenetradíssimo, com o arroz que
sobrou do jantar.
“Aqui têm o
acompanhamento. Está delicioso! Se desejarem carne, façam o favor de me pedir.
Consigo arranjar.”
De seguida
pega em dois guardanapos brancos e coloca-os sobre os ombros:
“Que é isso,
Ti? Um libré?"
“Não! É o meu ‘hálito’ de empregado!”
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