O Pai Natal trouxe um órgão ao Ti e uma guitarra nova ao Tommy. A
manhã de dia 26 arranca com music-hall natalício. O Tommy dedilha, orgulhoso, o
“noite feliz”. A Té quer participar. Larga o seu palácio e a sua dream-house da
Barbie e dirige-se para o órgão onde começa a teclar de uma forma terrivelmente
aleatória. O Ti repreende-a:
“Sai daí. Tu ainda não sabes tocar!”
“Sei, sei! ‘Óia’ como sei!”
As mulheres levam sempre a sua avante pelo que, como não podia deixar de
ser, de chupeta ao canto da boca, mantém os seus malvados deditos nas teclas. O
Tommy tenta levar a coisa a bom porto:
“Deixa Ti, ela é pequenina, toca à sorte…”
O Ti não deixa. Carrega o sobrolho, inclina-se para a frente no
seu modo disciplinador e, vermelho até à ponta das orelhas, solta a sua
indignação:
“A Teresa pode tocar à
sorte? Tocar à sorte? Tocar à sorte é Jazz!”
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